sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Natividade da Serra - Paraíso entre águas e montanhas!


Cidade Paulista, Natividade da Serra está localizada no Vale do Paraíba nos contrafortes da Serra do Mar, e próxima de cidades que se transformaram em polos de desenvolvimento de tecnologia de ponta do país, porém ainda é pouco conhecida pelos brasileiros.
Fundada pelo Coronel José Lopes Figueira de Toledo, em 1853, no alto curso do Rio Paraitinga, a antiga povoação do Divino Espírito Santo (Natividade da Serra), em, 1858 foi elevada à categoria de freguesia, com o nome de Nossa Senhora da Natividade do Rio do Peixe, por ser banhada pelo Rio do Peixe. Nessa época seu território pertencia ao Município de Paraibuna.
Com a denominação de Natividade, em 1863 foi elevada a Vila (Município) retornando, porém, à condição de Distrito de Paz, em 1934.
Em 1935 novamente foi elevado a Município, em virtude de movimentos de protesto da população, sendo reinstalado em 1936. Nos anos 70 quase deixou de existir chegando, para tristeza de seus munícipes, a não mais constar em mapas geográficos daquela década devido a construção da barragem para a formação do reservatório de Paraibuna que submergiu cidades como Natividade da Serra, Redenção da Serra e rios volumosos como rio Paraitinga, Lourenço Velho, Paraibuna e Rio do Peixe e boa parte de seus afluentes.
A principal finalidade do reservatório da UHE Paraibuna é regular a vazão do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo fornecimento de água para várias cidades do Vale do Paraíba e do Estado do Rio de Janeiro. 
A nova cidade começou a ser construída em 13 de agosto de 1973 pelo então prefeito da época Sr. Otacílio Fernandes e outros companheiros que acreditavam em uma nova Natividade da Serra e usaram todos esforços físicos e intelectuais para conseguir esta vitória e minimizar os sacrifícios e tristezas de seus habitantes. A pedra fundamental foi lançada onde se encontra hoje a Igreja Matriz.
No dia 15 de janeiro de 1974, uma tromba d’água caiu sobre a cidade e apressou a mudança dos moradores, como uma confirmação dos céus de que ali não era mesmo seu lugar.
Conhecendo a história é quase impossível não se deter um momento na apreciação da represa e imaginar quantos sonhos foram inundados por aquelas águas.

O reservatório sacrificou 1/3 do território nativense, sendo o outro 1/3 de áreas rurais, suas cadeias de montanhas e suas produções agropecuárias, silvicultura e em especial a riqueza hídrica com nascentes, rios e cachoeiras e na outra terça parte o Patrimônio Natural da Humanidade o PESM (Parque Estadual da Serra do Mar núcleos Santa Virgínia e núcleo Caraguatatuba), que abriga a maior biodiversidade do planeta, atraindo estudantes e pesquisadores de todo o mundo.
A cidade preserva, além de sua biodiversidade, as tradições caipiras vinda dos tropeiros que por ali passaram noutros tempos. Comum nas residências mesmo que urbanas, o fogão à lenha logo pela manhã anuncia panelas aquecidas para o café da roça, bolo de fubá no forno, preparativos do
“fogado”, da quirera com costelinha entre tantas outras saborosas iguarias. As crianças da dança de fita ilustram as festas culturais dando o colorido especial, como também a dança de quadrilha da 3ª idade nas festividades juninas e julinas, dos tropeiros em sua fé nas romarias à cidade de Aparecida, cruzando os bairros rurais que os acolhem em sua travessia no extenso município que abriga mais de 50 bairros rurais, sendo considerado o 3º maior em extensão territorial do Vale do Paraíba e o 4º maior do Estado.

Os bairros são uma história à parte, abrigam belezas cênicas, trilhas, cachoeiras, flora e fauna preservada, ruínas e casarões que nos remete às lembranças da história do desenvolvimento do estado de SP e do Brasil, são muito procurados por turistas para a prática do ecoturismo, turismo rural e de aventura ou simplesmente o ócio e sentir as maravilhas deste lugar.
Os atrativos de Natividade da Serra são inúmeros, deixando o assunto extenso assim como teu território, então para facilitar as pesquisas para quem deseja conhecer este que é considerado Paraíso entre Águas e Montanhas, foi elaborado este blog para concentrar informações relevantes de forma acessível.
Por abrigar a Mata Atlântica, em seu passeio, será possível avistar animais silvestres, aves raras e em sua flora o Cambuci, não deixe de experimentar.
Natividade da Serra possui uma beleza natural magnífica, mas ainda muito jovem no Turismo, possuindo alguns deficiências na estrutura turística, tais como falta de caixas eletrônicos para saque de dinheiro, mas nada que
tire sua magnitude mas é bom ir preparado. Poucas, mas boas opções de alimentação, um único posto de gasolina no centro e outro no bairro Pouso Alto, mas vale a pena conhecer.
Por possuir um extenso território e nem um pouco sinalizado, faz-se necessário contratar um guia local
para conhecer seus belos caminhos e espetaculares pontos turísticos, como Trilha do Vaca, trilha da Gruta Encantada, trilha do Pico do Corcovado, trilha da Capelinha entre tantas outras e suas dezenas de cachoeiras e descida de rafting no
rio Paraibuna.
Descubra Natividade da Serra e encante-se com este paraíso entre águas e montanhas.
Daniela Cassal
Turismóloga




sexta-feira, 17 de junho de 2016

Roteiro Cachoeira do Laranjal

Natividade da Serra é uma cidade fantástica, um paraíso entre águas e montanhas com incontáveis cachoeiras espalhadas por todo o território pouco conhecido pelos turistas e inclusive uma parcela da população nativense. O município localiza-se no Vale do Paraiba Paulista, contrafortes com a Serra do Mar e distante a 54 km da cidade de Taubaté - SP

A Cachoeira do Laranjal, está distante 18 km do centro urbano, no afluente do Rio Paraibuna na denominação de Rio do Peixe, no Bairro rural Laranjal. É uma cachoeira particular, sendo necessário pedir autorização para entrar, e a residência do proprietário é logo após a ponte, sempre soube autorizar gentilmente a visitação.

A cachoeira possui vários poços rio acima e rio abaixo da ponte, logo já é a barra do rio (foz) na Represa da Cesp.
As águas parecem ser amarelas, mas não são, é apenas reflexo do fundo do rio.
Vale a pena dar um mergulho, e lembrem se, no local não há sinal de celular e nem comércio algum, então leve lanche e programe se.
Para chegar a esta cachoeira, segue pela estrada NTS 010, mais conhecida como estrada das "Palmeiras", tem este apelido devido ao bairro que ela interliga, Bairro das Palmeiras, conhecido pelos turistas como bairro do término do rafting.
Ao longo do caminho partindo da cidade de Natividade da Serra, passamos pelos Bairros Rancho Alegre (conhecida entrada do Miron) e margeamos o morro que divide o Bairro do Monte Alegre.
Seguindo o roteiro, avista-se a cidade ao longe, já chegando ao início do Bairro do Rio Manso.
Ao longo do caminho encontra se algumas "bicas d'águas", porém somente esta aqui está visível a beira da estrada, e quase em frente a esta é a entrada da cachoeira do Rio Manso, que deságua na Represa, e mais a frente encontramos a Capela Nossa Senhora das Graças.
Contemple o visual sem pressa e muito cuidado nas ladeiras.
No caminho também encontramos construções centenárias e outros córregos locais ótimos para paradas e fotos, mas não se esqueçam, há sempre insetos entre outros animais, então atenção aos detalhes, você está na Mata Atlântica, a maior biodiversidade do planeta e é considerado Patrimônio da Humanidade.

No silêncio da paisagem não é difícil ser presenteado com belas aves e teus cantos que soam como música.

Enquanto você passeia, não deixe de olhar para as pontes por onde passa, às vezes nem percebe que está sobre uma pequena cachoeira...
Importante lembrar que há morros extremamente elevados, e que nos períodos de verão, a possibilidade de chuvas fortes ao final da tarde é grande, com raios e trovoadas, então saia cedo para aproveitar bem o dia!!!
Outra dica é: leve repelente, protetor solar e um agasalho, Natividade da Serra sempre surpreende com suas temperaturas, vezes extremamente quente, como também extremamente congelanteeeee!!!!!!!!!!


APRECIE OS ESPETÁCULOS DA NATUREZA!!!!!!!!!!!

APOIO CULTURAL:


sexta-feira, 10 de junho de 2016

Rafting no Rio Paraibuna


O Turismo de Aventura pode ser usado como ferramenta na educação ambiental,principalmente quando praticado em áreas de conservação ambiental.
Como em qualquer atividade turística, o Turismo de Aventura deve contemplar, em sua prática, comportamentos e atitudes que possam evitar e minimizar impactos negativos ao ambiente, ou seja, incluir práticas de sustentabilidade.
Também é relevante lembrar que toda a prática de atividade de aventura deve considerar alguns itens principais, como: transporte, acomodação, alimentação,condução (acompanhamento por profissionais capacitados em cada prática que se proponha a conduzir, conforme a ABNT), equipamentos, graus de dificuldade na prática do Turismo de Aventura, segurança, (planos de emergência e a criação de Grupos Voluntários de Busca e Salvamento de Turismo de Aventura) e informações aos turistas. Dessa forma, as operadoras de turismo de aventura poderão alcançar a excelência nos serviços oferecidos aos clientes.
O rafting desperta no indivíduo o prazer e a satisfação de desfrutar das belezas naturais proporcionadas pelos rios e seu entorno. Hoje, além de ser praticado por amantes do ecoturismo, o rafting é usado em grupos de trabalho para despertar aspectos de liderança, trabalho em equipe, desafio e conscientização ambiental. A prática surgiu no final do século XIX, no rio Colorado, nos Estados Unidos. No Brasil, o rafting é praticado desde a década de 1980 e, em São Luiz do Paraitinga e Natividade da Serra, desde 1996.
O esporte é a descida em corredeiras utilizando botes infláveis, tem se tornado bastante procurado, principalmente, por ser uma atividade que favorece a participação cooperativa em grupo. Outra característica bastante atraente em relação a essa atividade de aventura é sua “pseudo-imprevisibilidade”, decorrente das variações nas condições climáticas e nos rios, o que gera uma quebra da rotina e desperta o espírito aventureiro dos turistas. 
O rio Paraibuna possui no entorno áreas com vegetação em elevado estágio de conservação e considerado Patrimônio Natural Mundial devido a sua biodiversidade e características morfológicas interessantes para a prática do rafting. São várias cachoeiras e corredeiras, algumas consideradas com grau máximo de dificuldade, enquadradas na classificação Classe III +. A Classificação de Corredeiras é determinada por uma Convenção Internacional que veio a estabelecer seis classes de acordo com o nível de dificuldade, sendo expressas em algarismos romanos de I até VI, permitindo em cada uma das classes receber um complemento + ou para melhor diferenciá-las. 
A classe II é constituída por corredeiras fáceis, com a presença de ondas lisas e estáveis com refluxos de pedras. Os canais a serem transpostos são abertos e com caminho óbvio, mas às vezes exigem um pouco de técnica para serem transpostos sem encalhes. Na classe III, as corredeiras são compostas por ondas altas e irregulares e os desníveis com presença de refluxos maiores, podendo apresentar passagens estreitas que requerem manobras mais complexas, exigindo maior conhecimento técnico do condutor para a transposição com segurança.
O Rafting no Rio Paraibuna ganhou status heroico na região, graças à ajuda que os instrutores de rafting deram a dezenas de pessoas durante as enchentes de São Luiz do Paraitinga em 2010. Há roteiros para todos os perfis, do turista iniciante no esporte até o mais experiente, só vai depender do trecho do rio que o grupo vai navegar. Há também roteiros de 2, 4 ou 6 horas de duração. As agências que promovem o rafting também fazem paradas para o lanche no meio do percurso, proporcionando um momento de relaxamento no passeio.
Quem acha que praticar rafting é só descer a correnteza ou as quedas de um rio em cima de um bote, se engana. Nesse esporte, as águas do rio pulsam, refrescam e levam embora qualquer vestígio de estresse e cansaço. Remadas fortes e sincronizadas impulsionam o bote.
Ainda em terra começa o ritual de instrução sobre os comandos de remada e salvamento, para que os participantes tenham noção da segurança necessária. Pausa para o alongamento e fotos das equipes de cada bote. O passeio começa, alguns minutos passam até que os 4 ou 5 participantes mais o guia de cada bote acertem a remada, que deve ser feita em sincronia, acompanhando os dois remadores posicionados na frente do bote (responsáveis pelo ritmo)
A força da correnteza leva a embarcação para a corredeira à frente. E, rapidamente, chega-se a um turbilhão de água – um verdadeiro funil.
Quando o instrutor grita “Piso!”,  todos se ajoelham, à procura de estabilidade. Em seguida, o bote encalha no estreito buraco cercado de rochas, mas, embaixo, a água continua a toda força. Os participantes ouvem o segundo comando “Peso à direita!”, e se colocam nessa posição, mas no lado mais alto da embarcação, para que o bote se desprenda das rochas. Ufa! O bote navega novamente no rio.
O instrutor de rafting dá os comandos: “Frente”, “Ré”, “Direita ré”, “Esquerda ré”, “Parou”, e todos devem fazer os movimentos em perfeita sintonia. 


Desço este rio de bote há mais de 20 anos e sempre é diferente. A natureza se refaz, se recicla, apresenta belezas e obstáculos novos a cada percurso. Sinto-me feliz de poder tirar meu ganha-pão desta aventura”, diz João Eduardo Espírito Santos, guia e proprietário da Cia de Rafting, operadora de ecoturismo localizada em São Luiz.

A expedição denominada Braz Adão que ocorre no rio Paraibuna no trecho do município de Natividade da Serra e leva em média 4 horas, percurso de oito quilômetros e possui quedas de nível 2, 3, 3+ e 4 (o mais difícil é o nível 5, sendo o nível 6 impraticável mesmo para profissionais), e trechos de calmaria e remanso propícios à contemplação.
Natureza bela, nos momentos de portagem, a sugestão é caminhar pelas rochas e admirar a sua formação. Ora as rochas formam uma escadaria, ora apresentam formas arredondadas, ora se mesclam em múltiplas arquiteturas. Sem falar na mata ciliar, que ladeia o Rio Paraibuna, praticamente intocada. Esplêndida. Os poucos moradores ribeirinhos são os guardiões deste trecho de Mata Atlântica.
As condições do tempo e o nível de água do rio são fatores naturais que interferem na expedição. Dá para fazer rafting em dia ensolarado, nublado ou chuvoso, mas claro que a paisagem fica perfeita num dia de céu azul, quando o calor do Sol aquece e aumenta a adrenalina dos aventureiros. E, se o rio estiver cheio, isso facilita a passagem dos botes pelas quedas e cria uma dose extra de adrenalina. No final do passeio vem a sensação de querer mais, e os aventureiros se despedem com um “até breve”, bem breve.

Quem pode praticar: crianças acima de 12 anos até idosos podem praticar com percursos de até o nível 4, acompanhados de guia experiente.

Dicas antes da viagem: dormir cedo na noite anterior; não ingerir bebida alcoólica na noite anterior e, no dia do programa, tomar um café da manhã reforçado.

O que é oferecido pelas empresas operadoras: seguro de acidentes pessoais, equipamentos (botes, coletes salva-vidas, capacetes, jaquetas a prova dagua), cabo de resgate, primeiros socorros, guias, transporte local do ponto de encontro até a atividade e retorno para o ponto de encontro, lanche na metade do percurso de rafting, veículo de apoio com rádio VHF, caiaque de segurança.

O que levar: par extra de tênis, bermuda, toalha, repelente, protetor solar, máquina fotográfica, e, para quem usa óculos, é recomendada a utilização de algum tipo de protetor para casos de quedas.
Serviço: www.ciaderafting.com.br, e-mail: rafting@ciaderafting.com.br. Fones: (12) 3671 2665 (São Luiz do Paraitinga) e (12) 3018 4809 (São José dos Campos). Preço: R$ 180,00 por pessoa.


APOIO CULTURAL: